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20.08.2021

Novos desafios para o Comércio Exterior

Após meses de restrições impostas para tentar conter o avanço da Covid-19 no início de 2020, a China foi o primeiro país a demonstrar uma superação.

Novos desafios para o Comércio Exterior


Quais os principais problemas que o Comércio Exterior vem enfrentando?

É impossível falarmos de comércio exterior atualmente sem citar a China, no entanto, vamos tomá-la como base de comparação para entender o que está acontecendo na logística internacional e porque o frete marítimo está cada vez mais caro.


Após meses de restrições impostas para tentar conter o avanço da Covid-19 no início de 2020, a China foi o primeiro país a demonstrar uma superação que foi ainda mais beneficiada com a retomada da demanda ocidental, elevando seus embarques nos últimos meses aos níveis pré-pandemia.


Novos surtos de Covid-19, alta do frete e desastres naturais

Porém, não demorou muito até que novos fatores entrassem em cena fazendo com que o valor do frete internacional continuasse subindo e impactando diversos operadores do comércio exterior, inclusive novos surtos de Covid-19 que voltaram a aparecer na China, impondo novas restrições que comprometeram assim toda a logística internacional.


As taxas de embarques de contêineres da China com destino aos Estados Unidos atingiram nas últimas semanas valores máximos de aproximadamente US$20 mil por unidade de 40 pés, aumentando ainda mais a tensão na logística internacional.


No final do mês de julho, desastres naturais como os tufões que atingiram a costa sul da China também foram responsáveis pelo aumento da crise, pois diversas estradas foram bloqueadas, limitando o acesso aos portos, que também recuaram a saída de diversos navios para evitar maiores prejuízos.


Quais as expectativas? Há chance de recuperação?

Profissionais mais experientes da área de comércio exterior têm relatado que não passavam por uma crise tão grave há décadas e que esses fatores estão levando o transporte de contêineres a um patamar que encarece toda a cadeia logística, elevando os preços de produtos de diferentes setores, até mesmo os preços da produção nacional que muitas vezes exige insumos vindos do exterior. A expectativa de recuperação econômica no momento está baixa.


Os impactos recentes são claramente mostrados na divulgação dos dados das importações e exportações. No mês de julho, por exemplo, as exportações chinesas cresceram 19,3%, enquanto em junho o aumento havia sido de 32,2%. O mesmo aconteceu com as importações, que subiram 28,1% no último mês, sendo que em junho a alta havia sido de 36,7%.


O minério de ferro é um dos produtos que mais impacta na nossa balança comercial, pois a China é o principal destino dos nossos embarques do minério, porém, com o recuo da produção industrial no país, a demanda já está sofrendo queda.


Assim, como os importadores já devem estar atentos, o ideal nesses momentos de crise é procurar um equilíbrio entre o custo e benefício para conseguirem obter margem de lucro e ao mesmo tempo satisfazer o cliente final.


Fonte: UX Comex





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